domingo, 27 de novembro de 2011
O fim dos Grilhões (Parte I)
Estamos em um tempo de relativa paz. As guerras na Europa se concentram na Ibéria e o resto dos reinos experimenta um período de tranquilidade e disputas internas.
As grandes batalhas parecem ter morrido com Carlos Magno e as Cruzadas não interessam mais tanto quanto no passado.
Esta paz deve acabar.
Eu mesmo procurei as estátuas, uma por uma. E aquele acontecimento com a maga insana que dizia vir do futuro me deu as informações que eu precisava para decidir se as usaria ou as destruiria. Lady Saliana foi gentil em me devolver a que tiraram de meu refugio, afinal um Dragão verde não é visto o tempo todo em Paris, ainda mais na sacada do Castelo Carmesim. Os inquisitores adorariam saber quem trouxe aquele ser magnifico para a cidade, assim como os magos, os lupinos e até as fadas...
A gehenna é uma realidade. Nossos fundadores estão prontos para despertar e devorar a cada um de nós, mas não no sentido alegórico que o livro de nod diz de forma tão poética.
A gehenna é a guerra dos Príncipes. Os fundadores mesmo em seus sonos negors incitam suas crianças a guerrear e a destruirem a si mesmas. Esse é o verdadeiro sentido do termo devorar. Nós cainitas devoramos uns aos outros, o tempo todo, por toda a eternidade.
O Despertar dos antigos apenas aceleraria o processo, assim como seus filhos diretos estão fazendo pela Europa, levando caos e a cruz assassina para todos os antigos e jovens.
Percebi que aquilo que fiz a minha senhora, foi um prenuncio. Aquilo me fez ver a verdade e o que não é uma verdade senão uma mentira bem contada?
Procurei aqueles que achavam ter encontrado a verdade e fiz com que eles acreditassem na propria mentira.
Hoje somos a Espada de Cain e não mais escravos dos antigos.
O tempo de abusos acabou, o tempo dos grilhões não existe mais. Existe apenas o sangue e a guerra.
Reuni as estátuas, as Guardiãs de Cain, servas com mais poder até que os antidiluvianos, mas no entanto, escravas da sede e da dor. Levei ao pai de minha espécie, Mekett, o Tizmisce, senhor dos vermes.
Logo sua sede se aguçou e ele despertou, pronto para devorar aqueles seres de tanto poder.
Mas havia um guardião e enquanto nós esperávamos do lado de fora do castelo, as luzes douradas e os urros de ódio podiam ser vistas de muito longe. O ser celestial fez seu serviço, destruiu as servas de Cain, mas estava fraco e foi mandado de volta ao paraiso, mas não sem antes deixar nosso Pai a beira da destruição. Era nossa chance.
Mesmo ferido, aquele vampiro era formidável e mandou muitos de nós para o inferno. Chego a ter remorso por destruir um ser tão magnifico, mas era preciso, nossa existência dependia deste crime tão hediondo.
Por fim, Lugoj, a quem dei todos os meios necessários para governar e liderar a revolta, teve seu prêmio e bebeu do coração do ancião. Eu apenas observei e sorri.
Aquelas estátuas, segundo a pobre menina do futuro, causariam a gehenna e provocariam uma guerra sem tamanho entre os antidiluvianos.
Eu os destrui, mas nem por isso evitei tal guerra.
A diferença é que agora não somos mais soldados enviados para a morte e sim generais com interesses proprios.
Falando em interesses próprios, devo levar o pó daquele toreador para sua filha. Ela deve saber a quem agradecer no futuro.
Espero que os outros clans, inspirados por meus atos possam trazer a todos o retorno daquilo que nós, cainitas, mais gostamos, a chance de matar uns aos outros. A Guerra.
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E com essa passagem de 1 mês e os acontecimentos, chegamos ao fim de mais um capítulo. Espero que tenham gostado e que continuem gostando \o/
ResponderExcluirNossa, muito bom! Adorei o novo banner também! Muito bom mesmo.
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