segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nekhan - O Sentido da Existência

Ali estava ele, Nekhan, com seu pelo negro e seus olhos brilhando ao escuro da noite. Um novo ciclo começou e o agora ser do novo estava pronto para vivê-lo tão plenamente quanto ao ciclo passado do qual se lembrava vagamente. Ele começou a correr pela floresta maravilhado com tudo o que tinha ajudado a moldar e tornar vivo. Suas patas eram rápidas e ele grande e forte, sua agilidade alta e sua ferocidade muito extrema no momento da caçada. Tudo era novo para Nekhan, tudo havia se transformado e a única coisa que via de seu velho ciclo era pontos luminosos no céu.  Agora, no entanto, vinha uma sensação diferente no então felino, o céu não mais estava ao seu alcance, os elementos não mais se dobravam a sua vontade, a vida não mais se unia em luz com seu desejo e nem a escuridão não se adensava ao seu comando. Nekhan agora era apenas mais um dos muitos novos moradores deste vasto novo e isso o deixou entristecido e cabisbaixo. O novo agora estaria trilhando um caminho desconhecido a Nekhan sendo que inicialmente este apenas gostaria de uma coisa, ver o novo e guiá-lo ao melhor caminho. Andou dia e noite sem a menor vontade de caçar, apenar de sua barriga doer de fome, sua língua se ferir de cede e seus olhos arderem de tanto derramarem lágrimas, Nekhan acabara de conhecer a tristeza e o sentimento de falha pela primeira vez. Tudo ficou diferente, a belíssima floresta estava mais escura, retorcida e feia, nada mais chamava a atenção, nem mesmo uma tenra e apetitosa lebre. Pouco a pouco foi ficando mais e mais debilitado até que nem andar conseguia mais o grande felino. O que mais havia sido criado? Nekhan se perguntava, o que mais estou perdendo? Quais as modificações que ocorreram neste novo no tempo que estava finalizando meu próprio e maravilhoso ciclo? Todas essas perguntas não deixavam sua mente ao menos descansar. Logo estava se perguntando se este ciclo seria tão curto e acabaria tão sem sentido quanto parecia, o que afinal ele estava fazendo ali? Por que afinal ele havia feito tantos atos inconseqüentes?   Nekhan não conseguia lembrar-se das respostas. Foi então que viu uma pequena formiga a levar um imenso pedaço de folha. Todas aquelas criaturinhas em fila, disciplinadas a carregar e viver daquela forma? O que as motivava? Se ele um ser tão grande, feroz e belo não tinha sentido neste novo, o que elas sabem que deu a elas o sentido de não desistir? Nekhan em uma última tentativa abriu seus olhos ao máximo, farejou todos os cheiros a seu redor e deixou todos os seus instintos fluírem, ali estava, aquela era a resposta, ele não conhecia, mas ele era. O que Nekhan descobriu é que tudo aquilo, era ele e que ele era tudo aquilo. Sua vontade ficou impregnada no novo de forma que ele seguisse o percurso que foi lhe designado por Ekhbath. A diferença é que nem ele e nem suas outras partes sabiam qual era esse sentido. Nekhan então juntou todas as suas forças e se levantou, foi até o rio e bebeu de suas águas, foi até animais e comeu de suas carnes, dormiu então um belo sono com toda sua consciência tranqüila, afinal havia descoberto o sentido de sua existência, vivenciar os desejos que um dia tivera, porém sem ficar tedioso sabendo do fim ou do amanhã, sem ficar confortável sem ter que enfrentar nenhuma dificuldade, afinal, ele já havia feito isso antes, buscou por todo o vazio para que enfim criasse o novo. Enquanto Nekhan dormia, um predador ainda maior que ele o encontrou e fez dele seu jantar, afinal ainda não tinha se recuperado de toda aquela fraqueza em que se afundou. Nekhan então antes de morrer percebeu que havia cumprido mais um ciclo e que neste ciclo descobriu o sentido de sua existência nova e que este seria provavelmente o desafio de todas aquelas criaturas. Mais um ciclo havia terminado menos tranqüilo que o anterior, mas de forma tão sublime quanto. Não havia forma de quantificar o tempo que se passou, mas se sabe que ele renasceu entre as montanhas com um novo nome, agora ele era Zephus. (Continua) 

2 comentários:

  1. E la vai o Tzimisce fumadão de novo! uahuahuahauhauhauha
    Espero que estejam gostando da viajem do Tzi!
    OBS: Espero que o paulo possa consertar o tamanho da fonte pra mim. A cor é essa mais em vermelho mesmo, afinal ele escreve com sangue.
    Mais uma vez ele distribui discretamente estes exemplares.

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  2. Podexa que eu arrumo sim fiote! Mesmo sem entender muito bem o pq, os textos são muito bons!
    O Miros deu mole, não precisava ter mandado a inquisição matar o Felix, era só entregar um desses pra ele e assistir o brujah virar pó com o cérebro explodindo uahaahahahahaahahahahaaau

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