quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Castigo Silencioso


Ano de 1230, Canterbury


Ao meu querido Senhor Josef Brandley


Meu Pai. Venho por meio desta dar-lhe uma triste notícia. Tua Prole mais nova, Antoniette, foi destruida de forma brutal e sem chances de defesa.
No entanto, não se trata dos homens da Igreja, como o senhor havia nos alertado. Antoniette foi destruida por outro cainita.
Tudo aconteceu no baile que ela deu em nosso refugio meu mestre. Eu disse a ela, que aquela quantidade de humanos era exagerada, que não haveriam tantos cainitas assim para beberem de todo aquele sangue e que expor os infelizes nus e sangrando como se fosses cascatas de vinho seria de péssimo tom, principalmente para um Toreador.
Mas tu sabes como era tua querida. Teimosa e temperamental.
Durante o baile, havia um belo homem, com certeza um cainita, de sorriso largo e confiante, e usava uma máscara de baile, talvez por engano, acreditando se tratar de um baile de máscaras, mas mesmo que eu a avisasse da presença do estranho e que estava desconfiada de suas intenções, ela estava extasiada demais com todo aquele sangue, toda aquela orgia...
Pouco antes do fim do baile, ouvi gritos histéricos vindos do quarto de Antoniette, o que julguei normal, afinal ela era adepta da luxúria e fazia questão de que todos na mansão soubessem quando havia alguém em sua cama.
Os gritos cessaram abruptamente, e por instinto corri até o quarto dela. Encontrei sobre o lençol de cetim apenas o corpo decrepito e apodrecido da outrora bela Antoniette, e em cima dele, a máscara que o estranho usava, com um pequeno bilhete.
"Silêncio"


Espero que possas suportar esta perda meu pai, e aproveito para avisa-lo de que estou voltando para a França. Canterbury não é, definitivamente um lugar seguro para cainitas e espero que me aceite de volta em vosso refugio.


Com amor, Sua Filha.


Gabrielle Lacanster

Um comentário:

  1. AUAHUAHUAHUAHUAAHUH
    La vai o pessoal da Máscara! aauhauhaua
    Da-lhe camarilazinhaaaaaa! o//

    ResponderExcluir