sábado, 26 de novembro de 2011

Eldrake - A Descoberta dos Ciclos


O sol brilhava forte e aquecia demasiadamente esta manhã, Eldrake despertava de seu sono, onde havia sonhado com uma grandiosa ave, que um dia tentara voar até as estrelas. Ele se sentiu revigorado recebendo o calor do sol em seu cabelo vermelho e molhando sua face e sua nuca com a água gélida do rio que corre perto de sua casa. A vila esta movimentada, todos estão desempenhando seus papéis, ou seja, poderia dizer que está tudo normal, se não fosse o décimo sétimo aniversário de Eldrake. Durante este momento de reflexão algumas jovens da vila passaram olhando para o agora quase homem de cabelos ruivos e cochichando entre elas, Eldrake era muito bonito, o tipo de homem alto com longas mechas vermelhas e uma barba da mesma cor, porém melhor cuidada que o cabelo. O rapaz nem percebera os risinhos e continuou seu caminho, afinal ele tinha algo importante a fazer, encontrar o ancião de sua vila e pedir para ele sua benção para se tornar adulto naquele dia. Andou um caminho largo e enfeitado até a casa do ancião que vivia no centro da vila e era requisitado para tudo, porém neste dia, ele seria apenas requisitado pelo aniversariante. Pedindo licença o jovem adentra a casa e se depara com um velho de longas barbas brancas, sobrancelhas enormes e escassos cabelos, os olhos azuis do velho possuíam uma profundidade nunca vista por Eldrake, profundidade esta que apenas os anos trariam para os olhos dele. O ancião logo foi até o aniversariante e deu-lhe um abraço de parabéns junto com um pequeno cristal em forma de um círculo.O velho sorriu para Eldrake e disse que para que ele o reconhecesse como adulto, o jovem teria que descobrir um segredo que ele mesmo apenas descobriu a pouco tempo. Eldrake ficou atordoado, todos sabiam que o ancião era a pessoa mais sábia da vila e que se apenas agora aquele ser tão sábio descobriu algo novo, seria impossível para qualquer outro descobrir. Com os ombros caídos e já desanimados Eldrake escutou atentamente o pedido do velho. –“Garoto, eu quero que você descubra o porquê dos círculos em nossa vida e como eles influenciam em nossa morte.”
Eldrake lançou um olhar assustado ao velho, como ele iria descobrir tal segredo se nem conseguia compreender a pergunta? O velho lhe lançou um sorriso e disse que quando voltasse com a resposta, ele seria considerado adulto na vila. Eldrake estava arrasado, nunca seria um adulto, afinal, quem diabos seria louco o suficiente para entender uma pergunta tão vaga e tão estranha, ele nem sabia que os círculos faziam parte da vida e da morte, só se forem impulsionando carroças e outras coisas. Ainda abatido o jovem se colocou a realizar seus afazeres, todos na vila o olhavam interessados esperando pela pintura em seu corpo que demonstraria que ele era conhecido adulto, porém não encontraram. Tudo estava indo de mal a pior, todos quem ele questionava não conseguiam dar sequer uma luz da interpretação da pergunta. Os dias foram passando e quanto mais ele pensava a respeito menos ele tirava conclusões, até que tomou coragem e foi falar com o velho ancião. Entrou enfurecido na casa do velho, porém com respeito. Logo se colocou de joelho para ele e implorou por outro teste, aquele, ele nunca descobriria. O ancião com olhar desapontado sorriu calmamente e disse: - “ Cada um tem suas limitações, saiba reconhecer as tuas e quando conseguires, volte para se tornar um homem”. Eldrake agora levantou animado, agradeceu o velho que apenas sorriu e foi-se alegremente pelas ruas da vila procurar por suas limitações. O rapaz começou indo realizar a caça de um cervo sozinho, dois dias depois ele voltara com o animal. Em seguida distribuiu a carne do animal e ficou com uma parte para tentar cozinhá-lo. Obviamente foi um desastre, mas o rapaz se colocou a comer o grande pedaço assim mesmo, agüentando até quase o fim. Depois descansou o máximo que ele conseguia ficar sem fazer nada e após isso ajudou e trabalhou o máximo que ele conseguia sem descansar. Cortejou as moças da cidade ao máximo e também após isso as evitou ao máximo. Eldrake se considerava pronto, tudo o que importava para ele já havia sido visto e foi quando teve esse pensamento que algo lhe ocorreu, falta uma coisa, falta descobrir a pergunta do velho, será que ele seria capaz? Afinal teria que tentar novamente. Eldrake decidiu caminhar nos locais fora da cidade e reparar nas coisas, passou uma semana reparando no céu, nas árvores, nas águas, nos animais e em si mesmo. Reparou como as coisas funcionam em sua vila quando ele estava de fora apenas olhando e entendeu a pergunta. O mundo é feito de ciclos, cada busca é algo que lhe dá uma resposta, mas te leva a novas perguntas te colocando sempre no patamar inicial, as criaturas são seres que nasceram para aprender, para questionar e para achar novas perguntas e respostas, então como esses ciclos se aplicavam na vida na morte das pessoas? Na vida ele tinha acabado de descobrir, mas e na morte? Neste momento ele se lembrou da cena de um grande animal negro das florestas sendo comido por outro ainda maior, não entendera de onde havia vindo essa lembrança, mas ela estava lhe dando a resposta, o ciclo da vida, é também o da morte, afinal Tudo tem um início e um fim.  Achou estranho o pensamento e continuou a desenvolvê-lo chegando a conclusão de que hoje ele é Eldrake, mas o que ele foi em seu passado? Não importava agora, ele havia descoberto a pergunta e estava voltando feliz para sua vila com a resposta dos dois enigmas do velho, o da sua limitação e o do ciclo. Chegando a casa do velho, seu pai estava lá em vez do ancião. Assustado, Eldrake ouviu o relato de seu pai, de como o velho ancião havia morrido de velhice e como antes disso entregou um pergaminho para que fosse entregue a Eldrake quando este voltasse de sua jornada, no pergaminho dizia: “ Estou certo de que encontrou as respostas e estou certo que se repetir o que descobriu para seu pai agora, ele que é o líder bélico da vila lhe dará meu título de sábio como é minha vontade.” Assim Eldrake fez: “- Pai, o sentido de nossa existência é de que somos todos interligados, somos todos um, e todos nós fazemos ciclos de evoluções constantemente. A vida, não é nada além de mais um destes ciclos, para que um dia, todos nós sejamos apenas um novamente e este um tenha o conhecimento de todos. Nossa limitação, é apenas uma, nós mesmos.”
O pai do rapaz assustado se ergueu de seu assento e colocou no agora adulto a pintura da passagem dizendo que agora ele era adulto e também entregando o cajado do ancião para ele, disse que agora ele era também o sábio da vila e que deste dia em diante ele teria que obter a iluminação máxima para que pudesse ajudar a vila a se desenvolver. Com isso um sentimento cresceu forte dentro de Eldrake, enfim, eles iriam aprender com ele e ele aprenderia mais com tudo. ( Continua )

3 comentários:

  1. Gente, sem querer ser repetitivo sobre as conclusões tiradas nos posts anteriores, mas eh que o jovenzinho tinha que descobrir. Agora é que o negócio começa mesmo, quando ele começa a desvendar as coisas daí pra frente. Malz os erros, não tive tempo de corrigir.

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  2. Muito bom, eu ainda me pergunto da onde sai tanta inspiração para coisas tão filosóficas, tem que ficar esperto senão o Paulo Coelho lê e cata sua história HUHUAHUAHAHUHAUHAUHAU

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  3. UAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAU isso é resultado de muito rpg e coca cola o/

    Muito bom fiote! O negocio vai ficando cada vez mais tenso e o Miros cada vez mais safado uahahaahahahahaahhaau

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