segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Imagine se estivesse Bêbado
Vinho muito bom.
Ás vezes eu me pego tentando lembrar do gosto das coisas humanas, de quando eu era um mortal e podia saborear uma boa carne, ou uma fruta. Felizmente isso não me faz falta, mas o Vinho é um artigo que mesmo sendo um cainita, não consegui me livrar. O truque é simples, uma gota da minha propria vitae é o suficiente para fazer com que o vinho seja bebivel, a fermentação proporciona um sabor interessante que se fosse comercializado renderia rios de ouro. Mas ninguém compraria vinho cheio de sangue, compraria? Talvez os outros Brujah como eu, mas enfim, melhor esquecer.
Juro que já estava levemente embriagado quando vi tudo acontecer, mas posso garantir que não foi o leve desequilibrio causado pelo alcool que me impediu de evitar que ele pegasse minha espada. O Frenesi, a velocidade e aforça que se alcança quando está neste estado são magníficas. Nunca teria conseguido, mesmo estando no ápice de minha atenção.
Aquilo é o Sir Brilhante? Desculpem, mas se ser um cavaleiro é poder agir daquele jeito, das duas uma, ou minha amada Mihaela é a mais superior deles, ou a mais errada.
Eu sei que fui rude, o homem de lata não tem culpa de meus ciumes, é um bom homem de coração nobre. Mas confesso que não por sua desgraça, mas pela lição que ela a trouxe a todos nós, me segurei para não esboçar um leve sorriso ao ve-lo correr como um touro na direção do Tzmisce. E confesso que minha vontade era ver o cavaleiro decapitá-lo com minha espada. Não seria a primeira nem a ultima vez que minha espada beberia sangue de verme.
A lição é simples. Não se pode confiar em um vampiro que nunca entra em frenesi.
Não, não estou louco Nikole, nem tão bêbado.
Quando você já viu um vampiro em fúria muitas vezes, como os Brujah, você tem a exata noção do que pode e o que não pode faze-lo perder a cabeça. Sabe o que o irrita a este ponto. Já um cainita como Sir Romulo, um poço de etiqueta, honra e heroismo,você nunca sabe o que é capaz de tirá-lo das estribeiras, seja uma unha quebrada ou a morte de uma prole.
Por isso que eu digo. O Clan Brujah é o mais confiável de todos.Em qualquer situação. Pois você sabe exatamente como vamos agir.
Agora Nikole, seja uma boa menina e enquanto Mihaela presta atenção naquela música chata me traga mais uma ânfora.
Se eu sei quando parar? não. Mas sei que em breve Mihaela me dirá, de um jeito ou de outro.
Desafino
A música rege o Mundo. Os anjos, segundo as escrituras, construiram o Mundo cantando. Cada nota era uma palavra de poder e um sopro de vida. Tudo era construido com a nota certa. Cada tijolo, cada árvore, cada animal. Mas uma nota desafinada colocou o paraíso perdido para sempre, tudo por que um dos anjos resolveu subir o tom, não respeitou o Maestro...
Minha música ainda não está perfeita. Minha voz ainda precisa de ajustes e treino a cada noite com mais fervor. Meu mestre me leva á beira do frenesi com sua exigência desumana, mas no fim eu agradeço por que ele faz de mim próxima a perfeição.
O frenesi...
É quando a nota é tão alta que sua voz, some. Em uma harmonia, essa voz perdida deixa a música irreconhecível, arruina a orquestra e deixa o maestro envergonhado.
Aquele nobre cavaleiro se esqueceu de seus exercícios vocais. Não aqueceu as cordas vocais e tentou o agudo mais impossível de sua existência. O que se viu foi uma tosse incontrolável, uma vergonha, um horror.
Aquilo tirou o brilho de minha apresentação. O odiei profundamente quando o fez. mas meu senhor insistiu e os grandes expectadores ainda me assistiram. Os aplausos compensaram os treinos, mas a atenção ainda era sobre o Cappadocio descompensado.
Frustrante.
No mais, continuarei treinado e aprimorando minha voz. Ele no entanto, terá que aprender as primeiras notas, todas outra vez, isso se não cortarem sua língua.
Ira...
Até que enfim esse maldito recital acabou, teria sido lindo, se não fosse os imprevistos... imprevistos...
Chegou a hora de eu olhar para meu pai e pedir com delicadeza para fugir daquele salão, vontade de fugir de volta para a Croácia, me enfiar no calabouço mais escuro e ficar por lá, para sempre...
Maldição, maldita hora que permiti que aquela coisinha horrorosa junto com suas coisinhas menores sentassem em nossa mesa, mas como prever que a idiota não conteria seus impulsos neófitos e causaria tudo aquilo, como prever que um cavaleiro como ele fosse simplesmente se tornar o animal que tanto odiamos e fosse para cima do nobre senhor que nem teve tempo de dar boa noite.
Ciúmes... sentimento que sempre me deixa com problemas, eu ODEIO quando demonstram ciúmes na minha frente, seja Nichola, Felix, Sebatjan, Sir Rômulo, sentimento nojento, só causa caos. Ciúmes significa falta de confiança ou confiança demais que se é “dono” daquilo ou daquela pessoa. Nichola fez isso na frente de Caesar St. Clair e admito que ele até mereceu, mas sou política, diplomacia é meu segundo nome, devo respeitar e lidar com todo o tipo de pessoa, além do mais, sei ser gentil mas sei me livrar dos tipinhos inconvenientes, posso assegurar a qualquer um que preciso de proteção em muitos aspectos, não nesse!
Quando Sir Rômulo levantou daquela mesa e sacou a espada de Félix eu tive vontade de fazer a mesma coisa com ele, mas imagina, que cena linda, um bando de animais entrando em frenesi, um seguido do outro, como se viéssemos dos baixos clãs, como uma matilha mal resolvida de gangréis... comportamento odioso, minha besta é treinada a ficar em silêncio enquanto ajo com razão, mas até quando? Preciso liberar minha raiva e espero que a hora que Sir Rômulo acorde ele esteja armadurado para me receber... ATITUDES IMPENSADAS, estou farta delas, muito farta... é a segunda em menos de vinte dias, tapas na minha cara silenciosos e indolores, fisicamente... arruinou minha estada na casa de Lord Gërlac, arruinou minhas futuras alianças em Dover, LÓGICO, eu também jamais me aliaria a alguém que não tem controle dos próprios servos, são sorrisos demais, intimidade demais, fico ressentida... DURANTE QUINHENTOS ANOS CONVIVI COM TODO TIPO DE VAMPIRO, A MAIORIA DELE CONSELHEIROS MEUS, DE TODOS OS CLÃS E NUNCA, NUNCA PASSEI POR UMA SITUAÇÃO TÃO VEXATÓRIA, TÃO ESDRÚXULA, TÃO ASQUEROSA... Brujahs, Mihaela, Félix, Vérica, nunca sequer levantaram a sobrancelha em direção de alguém que estive tratando ou à tratar comigo, porque alguém que está comigo há apenas algumas noites acha que tem esse direito? MINHA PROLE NUNCA ME ENVERGONHOU, mesmo jovem, Sebastjan nunca agiu dessa forma, Viktor também não o fazia, NINGUÉM NUNCA O FEZ, não será ele a fazer, não comigo.
Lord Mirus Moarte, agora estou em dívida com um Tzimisce que sequer conheço por causa de uma idiotice regida por ciúmes, prole estúpida, tem sorte de não ter que matá-la, isso acontece e me lembro de Viktor, era ciúmes que motivava ele, e eu tola caí nos encantos dele e tenho metade senão mais de culpa por tê-lo feito cometer tais atos, e abracei minha maldição e mandei MATÁ-LO! Por que a benevolência toma meu coração dessa forma? Deveria matar a menina dos olhos de Sir Rômulo e ele sentiria a punição em seu coração, mas não, eu prefiro resolver com palavras, elas fazem mais meu estilo de governar, não crio inimigos à toa, e tem a senhora de Sir Rômulo que viria dizendo que a “pequena não tem culpa”. Eu passei como fraca, na frente de Mithras e de Ângelus e de Miros e da corte toda de Dover... mas ergui minha cabeça e fui me desculpar, como se o meu ato tivesse muito efeito... eles sorriram por trás de suas caras de espantados, e estão gozando da vergonha que a prole mais nova de Mithras passou. Por que mesmo que eu preciso de Sir Rômulo perto de mim? Ah, acho que é porque ele é um cavaleiro cinzento e SERIA SÁBIO A ME DAR CONSELHOS SOBRE A TRILHA QUE SIGO, VOU MOSTRAR A SIR RÔMULO QUE ELE NÃO PRECISOU ABRIR A BOCA PARA ME ENSINAR MUITO, VOU FAZER ELE SENTIR O QUE ELE ENSINA, VOU FAZER ELE CONHECER A TRILHA DOS REIS DE UMA FORMA QUE ELE NUNCA VIU, NÃO SOU PIEDOSA O TEMPO TODO... ALGUÉM TERÁ QUE ASSUMIR A RESPONSABILIDADE E EU ESPERO QUE MINHA BESTA FAÇA A FESTINHA COM O CULPADO... Algumas coisas estão me cansando já, e já de antemão vou me desculpar com meus queridos, eles não têm culpa e sei como são, estarão todos pensando a vergonha que “eles” me causam. Agora, em relação a Lord Miros Moarte, eu espero que mais nenhum homem venha com graças para o lado dele, perdi a paciência para crises de ciúmes.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Longa Espera
Ano de 1230, Canterbury
Meu amado e querido Senhor, Sir Romulo Giovanni
Longas são as noites longe de ti, e frias as criptas sem tua presença.
Eu e as crianças sentimos sua falta, tu sabes disso, mas desta vez imagino que tenha sido a mais pesarosa e demorada ausência que nos faz passar meu amo.
Imagino que tua espada esteja trabalhando mais do que nunca, e tenho certeza que Lady Leona se julga afortunada por vossa presença, a protegendo, mesmo sabendo que os Ventrue não costumam valorizar devidamente nada que não tenha seu próprio sangue.
Como me ordenaste, cheguei a Canterbury há uma semana. É uma cidade estranha e perigosa meu senhor, onde a morte contrasta com a fé.
Há muitos homens do clero rondando a cidade e se não fosse nosso farto rebanho, estariamos, eu e vossas fieis Lamias, sucumbindo a sede e a besta, visto que é quase impossível caçar diante dos olhos atentos da ordem de Murneau.
Venho por meio desta dizer que quando chegares, estaremos esperando ansiosas e que vosso refúgio já está preparado e esperando para que possamos desfrutar de vossa presença.
Vossa Senhora, enviou para cá uma Lamia poderosa, de nome Lorrean, que diz estar aqui para protege-lo e servi-lo meu nobre cavaleiro. Eu disse a ela que isso não seria necessário mas ela insiste e isto inflama meus ciúmes mais do que deveria.
Espero que esteja tudo bem meu amado, e aguardo a noite que sentirei teu negro abraço mais uma vez.
Morta de saudades, tua criança.
Eliana Tzetiel
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Cem anos de Perdão
Robin Hood. Esse era o nome temido na região de Yorkshire há mais de um século. O nome dado a um bravo ex-cruzado cansado da tirania dos nobres que roubavam até a ultima moeda dos já famintos camponeses para financiar suas luxurias e extravagancias. Ele era um fora da lei, espreitava com seu vasto bando nas florestas de Sherwood atacando comboios nobres e distribuindo seus espólios entre as vilas necessitadas e guardando um pouco, por que não, para sua própria riqueza.
Após décadas de tentativas frustradas, os nobres enfim respiraram aliviados ao saber que, Robin Hood não mais respirava. O que não sabem no entanto é que embora não mais respire, seu arco ainda atira flechas certeiras, agora contra o coração dos verdadeiros opressores. Os Cainitas.
Robin Leeland é um Brujah. Um neófito que ainda precisa aprender muito sobre sua natureza morta-viva, mas que correga consigo a bagagem de ter sido um dos maiores herois vistos pela humanidade.
Suas tropas continuam fieis a ele. Anos de guerrilha e combate nas cruzadas fazem de Robin em inimigo temivel, mesmo com sua pouca pós-vida. E a cada noite ele se aproxima mais de se tornar uma lenda também entre os mortos-vivos.
Sua cruzada contra os nobres apenas tomou um rumo mais profundo. Ele deixou de atacar os mortais e agora mira em seus mestres vampiros, os verdadeiros opressores da raça humana, com seus festins de sangue e seus abusos de poder.
Noites atrás, no entanto, Robin pode ter feito sem querer sua ação mais nobre, ou mais estúpida como um cainita.
Nada entra em Sherwood sem sua permissão. Nem mesmo um comboio cheio de Ravnos, ciganos e uma mulher estranha, mortalmente ferida carregando consigo alguma coisa valiosa demais para se arriscarem naquelas estradas.
Naquela noite, a mulher desapareceu, os ravinos foram estaqueados no sol e os ciganos mortos. nada além de algum ouro providencial fora encontrado na carroça, mas além disso, Robin encontrou uma espada velha e feia, de lâmina amarelada e com um pequeno cranio esculpido no cabo. Ele não faz a menor idéia do que tem em mãos, mas algo dentro dele diz que é valiosa demais. E ele sabe que logo alguém virá buscar. E mais uma vez, as defesas de Sherwood serão postas a prova.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Protegendo Tesouros
Ele sabia que causaria espanto, mas estava decidido.
Mithras colocou seus melhores homens para fazer o serviço, e preparou para si alguns itens antigos, uma armadura feita sob medida e sua velha espada.
A carruagem que levaria Leona e sua comitiva levaria também mais um passageiro. E este passageiro estava preparado para defender aquilo que quase perdeu há algumas noites.
O Matusalém sabia que não poderia ficar esperando por um ataque direto, sabia que o alvo era ele e que seus inimigos nunca mostrariam sua face se não os provocasse. Sabia também que a época de sua peregrinação estava se aproximando, já que era seu costume, uma vez a cada 5 anos, peregrinar pelo baronato, de cidade em cidade, sendo recebido por aqueles que governam em seu nome e aproveitando assim para verificar o andamento dos serviços, ordens e tratados. Em 600 anos, seria a primeira vez que ele o faria, logo por que não antecipar este período e unir o útil ao agradavel?
A Carruagem partiu sem que seus lacaios soubessem de sua ausência. Evdákia estava encarregada de vigiar Stefanos e reportar a ele tudo que sua prole traidora fizesse enquanto estava no comando de Londres. Sim, era algo arriscado, mas isso daria a ele também a chance de descobrir quem estava por trás de toda a conspiração. A cruz de Acre faria sim, muitas novas vítimas, mas nenhuma delas que não merecesse tal destino. Mithras fez questão de passar com sua comitiva a metros da mansão de Madamme Gill, onde os cavalos brancos já se aproximavam com seus cavaleiros cheios de tochas, levados até ali por um bilhete misterioso.Mais um ato tirano, ele sabe. Leona se espantaria outra vez. Mas um dia ela entenderia o sabor da vingança.
Como esperado, seus inimigos mostraram a face em meio a escuridão. Deveriam ser seres poderosos pois Mithras fez questão de emanar sua aura de comando e sua majestade por todo o caminho. Para sequer olhar para a carruagem, era necessário que fosse algo poderoso o bastante. E era.
Houve uma batalha sangrenta. Primeiro, Mithras deixou que seus lacaios e os protetores de sua Prole lutassem. Afinal eram talentosos e se o inimigo pudesse ser derrotado sem que ele revelasse sua presença, seria melhor. Mas não foi isso que aconteceu.
Era um demônio. Uma criatura com asas de morcego enormes e um corpo feminino capaz de causar luxuria até mesmo em um cadáver.
O matusalem sacou a espada e o que se viu foi uma demonstração de puro poder e habilidade. A criatura agora estava em maus lençois e percebeu isso quando Mihaela, Sir Romulo e safiya uniram suas forças sob o comando Marcial impecável de Mithras. Cada um avançou em uma posição, e o ser só escapou quando desistiu do objeto que carregava para desaparecer em uma nuvem asquerosa de enxofre.
Nenhum ferimento grave, Leona sã e salva e ainda possuiam uma adaga de lâmina vermelha que ardia ao toque. Safiya logo a identificou como mágica e amaldiçoada, ao que Mithras sorriu e disse que mesmo amaldiçoada, seria util para caçar os malditos demônios.
A primeira parada de sua peregrinação seria Dover. Lá seu velho amigo Angelus Gërlach o receberia com uma grande festa. Eles assistiriam ao belo recital da prole mais nova do Malkaviano cujos comentários sobre sua beleza e de sua música corriam a Europa. Ali, ele e sua prole compartilhariam momentos de paz. E logo que anoitecesse, ele a deixaria sã e salva em Canterbury para continuar suas visitas aos baronatos. Tudo sob controle, tudo sob sua proteção. Assim deveria ser. E assim será.
Faça você mesmo...
Me lembro da minha mãe, quando eu era criança... faz quinhentos anos e eu ainda escuto a voz dela ecoando pela cozinha, vindo correndo de algum canto da casa, assustada com o cheiro de comida sendo perfeitamente queimada, ela gritando e chacoalhando as mãos e jogando aquilo fora... eu me lembro que eu estava chorando ela me olhava com um olhar severo e repetia sempre a mesma frase: “Quer algo bem feito, faça você mesmo.”
E agora, seguindo para Canterbury, olho para Sebastjan sentado de frente para mim e me lembro dela, confiei em minha “jovem” prole e ele habilmente queimou o almoço. Agora eu terei que refazer tudo... deixar as coisas nas mãos de Hannibal não me agrada muito mas é melhor do que deixar nas mãos da criança que não sabe governar. Ele não entende como é ter o capricho em cuidar de algo, manter e melhorar, construir muitas coisas do zero e confiar que alguém que foi criado por você possa substituí-lo em caso de necessidade... espero que Mihaela possa fazê-lo entender... talvez minha mágoa nunca passe e talvez eu nunca o perdoe, mas eu o amo e tenho que aceitar que as crianças erram assim como minha mãe fazia comigo, quando a raiva dela passava ela secava minhas lágrimas e me colocava ao lado dela, vendo mais uma vez como tudo era feito. Hora de repetir a lição, Sebastjan ficará mais quantos anos forem necessários aprendendo a governar, Canterbury é a Croácia, a diferença de uma para outra é simples, a Croácia, Sebastjan não viu nascer, Canterbury ele vai ver como é lidar com algo em completo caos.
Mas assim como minha mãe tinha que começar o almoço denovo, eu começarei denovo... Canterbury é o lugar perfeito, pessoas diferentes entram e saem todos os dias e entre elas, eu tenho certeza, que estará a minha mais nova e brilhante estrela, uma pobre com espírito forte, marginalizada por conta de sua capacidade política, uma moça que nasceu para ser rainha mas que nasceu nas sarjetas, uma política e não uma rebelde, alguém que seja capaz de aprender a governar e aceitar que existem diferenças, problemas, opiniões distintas, ou seja, uma nobre de espírito e inteligente, alguém que poderá me substituir caso seja necessário, alguém que possa me ajudar quando me faltar aquela peça para governar, alguém que será sábia para me ajudar a lidar com problemas políticos, assim como Nichola já faz tão bem, mas essa moça, certamente assumirá onde eu não estarei, eu farei dela uma exímia governante, alguém que “transpareça minha autoridade” seja em Canterbury seja na Croácia, alguém que terá Notreville em seu sobrenome e governará como Leona.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Atualizando Nicole (Parte II)
Olá, voltei minha querida, você está acordada? Ufa, achei que tinha lhe atrapalhado o sono, me desculpe. Bem, engula esse susto e aguce seus ouvidos, vamos continuar com suas atualizações. Eu parei após falar de meu noivo Félix, de minha senhora Leona, e de minha “irmã Safyia. Agora, vamos falar de Sir Rômulo. Sim, aquele da armadura brilhante que chega a cegar qualquer um. Ele é um cavaleiro muito poderoso e bem treinado, sua honra é maior e mais forte do que sua própria pós vida, como deve ser e suas intenções, sempre as de um cavaleiro do nível dele. Mas o conheci á pouco tempo e ele já me provou isso tudo e que é de extrema confiança. Falando em confiança, aquele que viaja murcho do lado de Lady Leona, é Sebastjan, filho de Lord Nichola e prole de Leona. Ele acaba de fazer algo ruim, algo que provavelmente ele não entende, mas vou fazer com que entenda. Sim, se tem alguém que está precisando de mim neste comboio, este alguém é Sebastjan, mas nem ele mesmo sabe disso. Vamos falar agora de minhas crianças. Iniciando de Gaal, uma alquimista que se encantou comigo e eu com ela, esta minha criança tem descendências faéricas, porém hoje, é uma Brujah como eu, e creio que um dia será tão poderosa nas artes místicas quanto Safyia. Minha segunda prole é Tatiana, uma ex ladra que foi traída pelo próprio bando e acabou esbarrando comigo, que achei ela uma graça desde o começo e fiz dela a nobre de Vulkovar, uma cidade costeira na Croácia. Estes dois que vou citar, são como filhos para mim também e pretendo abraçá-los assim que meu tempo e minha pós vida permitirem. Mas depois falo deles, vamos agora falar de você. Se lembra que eu lhe perguntei em um dos nossos encontros nos corredores se você gostaria de vir comigo? Se lembra também que foi quando lhe beijei a testa? Bem, agora devo repetir a pergunta, Nicole, você quer ir comigo? Bem, pra você saber, se a sua escolha for não, vou lhe dar ouro e assim que chegarmos em Canterbury você poderá ir pra onde quiser. Se escolher ficar comigo, eu serei sua protetora, sua senhora, e sua amiga. Não há festins de sangue para onde nós vamos, não com você, não haverá maus tratos com você, pelo contrário, minha intenção é lhe ensinar tudo o que quiser aprender e em troca, gostaria que tomasse do meu sangue e que um dia pudesse me amar como sendo sua mãe. Quem sabe um dia prove ser digna de meu abraço imortal, porém mesmo se não for, a amarei como minha filha e a protegerei e educarei como uma. Não posso prometer nunca tomar seu sangue, mas posso prometer que nunca a machucarei de forma intencional, pois já gosto de você. Pense sobre o que eu disse e vá descansar, amanha voltamos a conversar e lhe contarei sobre muitas outras coisas.
Medo: A única Defesa
Não me lembro quando e como cheguei a Catedral de St Paul. Me lembro apenas que minha casa no subúrbio de Londres havia sido invadida por bandidos, meus pais e irmãos assassinados e eu havia sido a única a escapar pois fui a única covarde. Minha mãe já estava morta quando eu e meu pai demos conta da invasão. Ela havia sido estuprada e seus olhos de pavor hoje se refletem no meu. Meu pai, tentou bancar o heroi mas não sabia nem segurar a velha espada enferrujada de meu avô, que havia sido um reles guarda de muralha na França pós Carlos Magno. Os bandidos brincaram com ele, fingindo ter medo da espada e recebendo alguns golpes toscos de proposito para finalmente retalharem seu corpo sem a menor piedade.
Eu ainda ouvia os gritos de pavor e agonia de minhas irmãs e meu irmão mais novo quando corria pelas ruas de Londres graças a um descuido abençoado de um dos malditos.
Só me lembro de ter desmaiado de fome em meio a sarjeta. Depois disso, minhas lembranças são de puro prazer e dor. Me vi em meio aos outros infelizes escravos dos bebedores de sangue, e como eles, me culpo por ser viciada em seus beijos como uma prostituta suja. Deus? se isso existe me ignora solenemente como qualquer um que passa por mim. Dizem que somos escravos de um Deus, seja verdade ou não, a única coisa que tenho para fazer é agradecer. Essa vida miserável e fascinante é melhor que a morte.
Morte...
Cada vez sinto a mais perto. Lady Leona parece ser seu nome. É bela, imponente e irrecusável, como a morte deve ser. Mas ao mesmo tempo, Mihaela me soa como uma morte mais emocionante. Leona é a morte lenta e silenciosa, cheia de prazeres e agonia. Mihaela é a morte no fio da espada,sangrenta e cheia de dor, Porém rápida.
É com o fio da espada que converso agora. Ela me conta coisas que me interessam como as que um bom contador de histórias conta. É magnifico ouvir cada palavra. Mas sinto que a qualquer momento, como de costume, seus olhos ficarão morteiros, verdes e brilhantes a ponto de eu não conseguir me mover, e enfim sentirei aquele extase de pura luxúria em meu pescoço, e adormecerei enquanto meu sangue se esvai, talvez para sempre.
Atualizando Nicole (Parte I)
Como a pós vida é complicada, cheia de erros e acertos assim como a vida, porém a cada passo, a cada “jogada” sua como alguns podem dizer, o impacto em sua volta é bem maior do que quando se era apenas um mortal. Bem, melhor eu não entrar neste mérito senão fico melancólica e me lembro que nunca poderei gerar um descendente para meu já falecido pai. Às vezes eu não me considero suficiente para resolver a quantidade de tarefas que possuo para realizar e as vezes eu mesmo me encho de tarefas ficando com menos tempo ainda, como nestas duas ultimas noites. Acabei indo parar naquele lugar cheio de fadas para conseguir a melhor espada que minha querida Leona poderia ter. Confesso que eu fiquei louca para forjar uma katana deste metal, porém um metal tão nobre apenas é digno do mais digno entre nós e para mim Leona é essa pessoa. Félix com certeza deve ficar frustrado com o tempo e dedicação que direciono a minha senhora, porém não poderia ser diferente, eu sou de Leona, não só meu corpo, mas também minha vontade e meu espírito. Proteger Leona é como proteger meu coração, se este for destruído ou muito avariado eu morrerei, se ele permanecer bem, então eu estarei bem. Mas voltando a Félix, eu o amo e com certeza ele também me ama, senão já teria me mandado “pastar” a muito tempo. O problema é que não há outra pessoa, mais específico um homem para lhe ensinar sobre minha cultura e isto realmente dificulta o processo de casamento que tento finalizar a anos. Primeiro, não posso dizer a ele que ele pode me pedir em casamento, ele deve fazê-lo sozinho e quando se sentir preparado. Segundo, para que eu possa aceitar, ele deverá me pedir em casamento próximo a uma árvore de cerejeira. Sim, agora entende minha frustração? E porque acho que se ninguém disser isso a ele, como ele vai descobrir? Eu não posso falar, porém posso dar dicas a outras pessoas que poderiam falar por mim. É o que vou fazer, dar algumas dicas disso a alguns homens linguarudos, tipo, Lorde Nichola. Coitado Mihaela! Ele não é linguarudo! (risos) Mas tenho certeza que dirá a Félix. Bem, já falei muito de minha “deusa na terra” Leona, agora vamos falar de Safyia, minha mais querida amiga, claro que ela sabe disso, assim como seu que sou a dela, porém não falamos com freqüência isso uma para a outra pois gostamos de mostrar nossos pontos de vista uma para outra, porém, agora eu entendo melhor, como disse, todo Xogum precisa de ninjas e até ninjas são honrados de certa forma, como mostra o livro do mestre ninja Hattori Hanzo e com Safyia não seria diferente. Ela possui honra, uma honra diferente, mas possui e eu gosto desta honra a qual se ultrapassa todos os limites em prol de sua palavra e de seu senhor. No fim, Safyia e eu somos iguais, porém me recuso a falar isso a ela, mas tomara que ela já tenha percebido também e por isso a amo como se fosse minha própria irmã. Bem, não consigo continuar agora, minha querida Senhora está me chamando e presumo que é por causa desta longa viagem. Durante a viagem te conto mais sobre nós Nicole. Por enquanto, tenha uma boa viajem e a qualquer momento que precisar me chame, estou aqui por você também.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Pelo Sangue dos Anjos
Se existe algo improvável é um membro dos baixo-clans se tornar Príncipe de uma cidade importante. Menos provável ainda, é que este membro pertença ao clan dos Loucos. Pois o baronato de Dover é o lugar onde tudo pode acontecer.
Angelus Gërlach, um Malkavian que governa com prestígio invejável há séculos sob o comando de Lord Mithras é o autor da façanha.
No Início, Mithras enfrentou a descrença de muitos anciões por toda a Bretanha por confiar um baronato tão importante nas mãos de um lunático, mas com o passar dos séculos, as bocas foram se calando, ou foram caladas devido a eficiência e a majestade do belo Príncipe.
Angelus gosta de festas, mulheres e bebidas, como todo nobre. Mas é cercado por uma aura de justiça e devoção tão grande que muitos dos quais lidam com ele acreditam se tratar de um homem de fé verdadeira, possuidor dos poderes divinos que Deus só presenteia a aqueles que seguem de forma fervorosa sua religião. Coisa que Angelus está longe de fazer.
Gërlach é a criança mais velha de Lady Evidokia e seus olhos demonstram uma idade que parece ser maior até mesmo que o de sua poderosa senhora, algo estranho de se imaginar.É sabido também que invés de surtos de loucura e visões proféticas, Angelus exibe uma calma irritante e uma sabedoria simples e direta. Sua aura de fé contrasta com seus dicursos filosóficos onde ele contesta os textos sagrados e zomba da fé cega dos soldados e papas, que segundo ele matam em nome de um Deus que abomina a morte.
A cidade de Dover parece calma demais para que Angelus aceite a missão de apoiar e auxiliar o governo da prle mais nova de Mithras, a agora Baronesa de Canterbury, Lady Leona, mas quando um grupo de nobres da família Murneau compra um castelo em Dover e se muda para lá, significa que a Ordem de Murneau está a caminho.
Os cavaleiros da Cruz de Acre em Londres, a Ordem de Murneau em canterbury e Dover e a Ordem Vermelha em York.
Parece que a Inquisição resolveu apertar o cerco, e o Baronato de Avalon está com as noites contadas. A não ser que Angelus resolva fazer um agrado a sua mãe e abra suas asas salvadoras sobre Lord Mithras.
Uma Dívida Roubada
Hajanne chegou a Bretanha mais rápido do que imaginava. Era algo dificil de acreditar depois de tantos meses de desencontro, com Melissa e os outros vagando de cidade em cidade fugindo da Ordem de Acre enquanto Caesar gozava (termo infame para falar dele, ela pensou) de conforto e tranquilidade com o nariz enfiado entre os seios da nobreza cainita de Londres. Melissa queria vingança, Hajanne também, mas não de Caesar.
A Sarracena sentiu a morte de seu senhor de imediato. Anack era um membro poderoso, mas ela sabia que seu poder era relativo visto que a quarta geração dada por Mithras não era condizente com seus poucos séculos de existencia em relação aos outros da mesma geração. Ele podia estar a quatro passos de Cain, mas os outros estavam lá ha muito mais tempo.
Mesmo assim, enfrentar Anack era uma tarefa ingrata, um guerreiro antigo e mortal, um sábio e filósofo moldado á imagem de Haquim, um juiz perfeito, mas ainda sim, um tolo.
Quando ele a elegeu para ser sua sacerdotiza, Hajanne logo recusou, ela não iria aprender os caminhos dos feiticeiros, apesar de respeita-los. Ela nasceu uma guerreira e morreu lutando contra Anack. Não fazia sentido que ele quisesse fazer dela uma bruxa sendo que seu talento era com as adagas.
Ela sabe que seu senhor encontrou outra candidata, e que com certeza envenenou a mente dela contra sua irmã mais velha. Mas isso não importa. Safiya terá que ouvi-la antes de qualquer coisa, seja antes de morrer ou antes de matá-la. Quinhentos anos é tempo o suficiente para uma bruxa Assamita se tornar tão mortífera quanto uma guerreira. Hajanne só queria contar algumas coisas. Explicar como seu outrora exilado senhor, por ser um pagão Persa, se tornara um defensor do Estandarte Muçulmano. Quem o levara a isso. E por que.
A Cidade está infestada de Cavaleiros da Cruz de Acre. A Inquisição chegou a Londres enfim.
Será uma tarefa árdua explicar aos Lordes desta Terra que um bando de diabolistas infames é sua única salvação.
domingo, 16 de outubro de 2011
O Fim de uma Era
Ano de 1230, Vulcovar
A Minha Amada Mãe, Mihaela Mac
Venho por meio desta informá-la de algo que pode vir a ser muito importante para suas proximas noites.
Chegou a meu conhecimento, que Gophi Sanjaya foi destruido.
Os relatos das famílias ciganas por toda a Europa, sobretudo as da Croácia,afirmam que ele foi destruido em uma batalha contra um matusalém do Clan Assamita proximo a cidade de Londres.
No entanto, descobri que na verdade Sanjaya não é um nome, e sim um Título, e o cargo já possui um novo nome. Avocatos Sanjaya assumiu o posto de líder da Guilda de Ladrões e assassinos e os ciganos agora o reverenciam como seu novo bem-feitor.
Continuarei observando os movimentos dos Ravnos e dos ciganos e a informarei de tudo que puder. Espero estar sendo útil.
Com saudades, sua filha.
Tatiana Dajira
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
O Julgamento do Tempo
Ano de 1230, Roma
A Cret, Filho de Mithras, Filho de Vedharta, Monitor da Hungria e Vigilante do Clan Tremere.
Venho por meio desta transmitir ao senhor um comunicado de meu senhor, Miguel Melchiorre e desde já peço desculpas pelo tom das palavras, visto que apenas transmito as palavras de meu mestre.
Vossa Senhoria está sendo convocada de volta a Roma para reportar os acontecimentos na Irlanda há cerca de um mês, dos quais o senhor participou deliberadamente, ferindo os códigos do Inconnu sem nenhuma justificativa por escrito, como mais uma vez, manda o código de conduta de nossa Sociedade.
Meu mestre acredita que conhecendo a vós, um ilustre e antigo membro do clan Ventrue, cuja honra é conhecida há séculos, terá um bom motivo para intervir em tais acontecimentos, e espera vossa resposta prontamente. Entenda que ao Ignorar nosso chamado, o senhor estará nos obrigando a tomar medidas corretivas contra ti e vossos aliados.
Aguardando respostas em breve.
Cordialmente.
Alexis Melchiorre, filha de Miguel Melchiorre e agente de campo do Inconnu.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
O que os Olhos não Enxergam
Tzmisces. Criaturas adoráveis. Confesso que nos tempos de Cartago eu achava o dom deles repulsivo e ultrajante, afinal eles lançavam monstros distorcidos, com vários pares de olhos e presas, bolas de carne grotescas e sanguinárias para nos destruir e ainda o fazem, mas confesso que hoje, depois de conhecer e principalmente matar muitos Tzmisce, reconheço que pode ser um dom util a tal da Vicissitude.
O Jovem Sebastjan veio até mim nervoso e preocupado. Ele queria conselhos sobre o que fazer embora já tivesse a decisão tomada fazia tempo. Eu não o desencorajei.
Ventrues são ensinados desde neófitos a viverem sob as asas de seus senhores, obedientes, inquestionáveis e calados. Quando uma situação dessas acontece, os sangue azul ficam sem saber o que fazer e acabam perdendo tudo o que conquistaram por uma simples questão de iniciativa.
Mithras já me deve muito, mas se há uma coisa que abomino são traidores e oportunistas baratos. Fui e sou um general e honra, mesmo entre inimigos é meu lema. Mesma honra que os Ventrue não tiveram em Cartago salgando nossos antigos no solo, mas a mesma que Mithras teve em se negar a apoiar Lizandro e Ártemes em sua inveja insana contra nosso paraiso. Não tomarei a Croácia, embora seja fácil até demais. Protegerei o lugar como se fosse meu. Minha caçula ficará feliz por isso.
Mas como eu estava falando de Tzmisces, foi engraçado ver o espanto de Sebastjan quando apresentei seu irmão gêmeo. O Romeno que contratei fez um trabalho de mestre, haviam diante de mim dois Sebastjans identicos, que eu só soube diferenciar pelo poder emanado de sua aura.
O Problema foi convencer o jovem príncipe a ficar no castelo e enviar sua cópia infeliz para morrer em Londres. Eu fui duro e disse ao pequeno bastardo que ele não era pareo para as hordas de Sanjaya e que ao invés de salvar sua senhora, morreria com ela. Expliquei que Mihaela e Safiya estão ao lado dela e que se elas não conseguirem cuidar da situação, ele é que não conseguiria.
Brujah idiota...falta a você ainda depois de tantos milênios o tato toreador que tanto desdenha.
Isso apenas fez com que o projeto de príncipe ficasse mais inflamado, me desse as costas e partisse para Vulcovar com sua comitiva. Bem, no trono de Zagreb está um afortunado neófito que experimentará as glórias e pressões do principado por algumas noites até que Sebastjan volte, (ou não) e eu o destrua ( o falso) para que ninguém saiba da brincadeira.
É meu velho Mithras, as noites estão mudando. Vocês dizem que nós Brujah estamos decadentes e logo seremos parte do baixo clan, mas não percebe que antes fazer parte do baixo clan do que ser completamente extinto como os salubri.
É doce ver a arrogância levar promissores cainitas a ruina sem nem mesmo muito esforço. Só espero porém que toda esta lama não resvale em minha prole.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Acelerando a Carruagem em Direção do Abismo
Aqui estou eu. Guiando uma carruagem chamativa e perigosamente pesada e atravessando as estradas esquecidas e infestadas de ladrões da Bretanha. Seja infestada de sanjayans ou vigiadas pelo bando do tal Leeland, o sujeito do capuz a quem chamam que Robin Hood, mas que não passa de um Brujah ladrão e desonrado, como diria minha pequena flor do oriente.
Meu plano era bem simples. Lord Hannibal e Lady Vérica me ajudaram com alguns preparativos depois de recebermos as cartas de Mihaela, eu fui logo ao prostíbulo buscar a tal setita, já que a fada disse que iria sozinho e que daria a ela meu recado, de que eu chegaria o mais rápido possivel. Crendo nisso nem me dei ao trabalho de responder a carta. Não gosto de escrever e além disso, dizer isso olhando nos olhos dela seria muito melhor. Ela me conhece, e sabe como sou.
Qual não foi minha surpresa quando, ao chegar ao porto de Vulcovar me deparei com a figura armadurada do PRINCIPE Sebastjan e sua guarda de lacaios além de uma meia dúzia de cainitas borra botas esperando o navio que teoricamente o levaria para LONDRES. Ele disse que preferiu partir de Vulcovar para que não o vissem partir na região de Zagreb e que a noticia de sua ausência demorasse a se espalhar. Ele ficou mais feliz do que surpreso ao me ver, já eu, não posso dizer o mesmo. Conhecendo Mihaela, sua vergonha seria capaz de mante-la calada por semanas antes de dar sua opinião em uma situação tão estúpida. Não por medo, mas por pura descrença no que estava vendo.
Eu gentilmente disse a vossa majestade que ele estava se arriscando muito ao deixar a Croácia sem um governante Kreshmir ou descendente de Lady Leona, mas ele disse que confiava em Lord Hannibal e que recuperar aquela espada era uma questão de honra e orgulho, visto que ele havia deixado que a levassem e que, se sua mãe ou alguém importante fosse morto com ela, ele nunca se perdoaria.
Minha vontade foi socar a cabeça do valoroso príncipe contra o casco do navio uma vez para cada palavra que ele disse, mas eu não poderia fazer isso. O navio não tem culpa alguma da estupidez dos ventrue.
Acabei, eu e a setita além de alguns lacaios, servindo de reforço para a comitiva do Príncipe. Viajei praguejando contra Kupala por aquela má sorte, e quando eu achava que aquilo era o suficiente, fomos descobertos por Sanjaya, que enviou um simpático grupo de Khuni Vevas revenantes para nos destruir.
Leona e Mihaela receberiam nosso pó se não fosse a intervenção de um Ventrue feiticeiro (não me perguntem como isso é possível, apenas Safiya deve saber) que nos ajudou a eliminar os inimigos e se juntou a nós no comboio.
Vejo as terras da bretanha mais escuras e chuvosas que o normal e tenho um mal pressentimento quanto a nossa chegada. Sinto que minha noiva não está bem e isso me irrita e me deixa ansioso.
Sebastjan, meu rapaz, não gostaria de estar em sua pele e por favor, REZE para que eu não tenha problemas por sua causa, pois se eu tiver que ensinar a você uma lição ou duas, bem, farei com o maior prazer de minha pós-vida.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Intromissões Indesejadas
O Ímpeto do jovem na busca pelo traiçoeiro Sanjaya impressionou o Ventrue. Cret era velho demais para se deixar distrair por um simples aspirante a príncipe de apenas quatro séculos que se acha um ancião apenas por que pertence a linhagem de Mithras. Mas o tal Sebastjan Kreshmir conseguiu.
Cret observou o então príncipe da Croácia há milhas de seus domínios na pista certeira de um Ravnos milenar que o trouxe até Londres, uma atitude ousada, para não dizer perigosa. Mas ele, como Cret, é um Ventrue, e se foi bem ensinado, sabe que só se deve deixar seus domínios se alguém de muita confiança estiver cuidando dele.
Mas ele é jovem e tinha uma comitiva pouco experiente. Sanjaya é uma raosa velha, logo percebeu que estava sendo rastreado e ordenou que o incauto fosse eliminado. Cret teve que intervir, e ele odeia isso.
Sebastijan inicialmente se mostrou arredio e desconfiado, afinal quem era quele cainita que sozinho destruiu um grupo de elite Sanjayan e sem sofrer nem um arranhão? O queria com ele?
As noites no comboio, agora mesclado ao do ancião serviram para que ambos contassem sua história. Cret nada mais é do que uma prole de Mithras muito ausente, alguém que largou as saias do matusalém muito cedo e que por isso não desfruta da benevolência de que sua irmã mais nova e senhora do jovem impressionado sentado ao seu lado desfruta, mas que nem por isso deixa de ser bem-vindo quando decide visitá-lo uma ou duas vezes por século.
Cret diz ao jovem que seu motivo para estar em Londres é o mesmo que o dele. Impedir que a espada de Null seja usada contra alguém que não deveria. Ele explica também que talvez sim, ou não, quando é perguntado pelo já empolgado ancillae se "sabe de tudo". Ele explica que se seu pai, Mithras tivesse continuado no Inconnu há séculos atrás ele também saberia, pois o dever dos Inconnu é observar. Agora ele terá de ouvir sua prole irritantemente bem informada que ele deixou na seita para suprir sua ausência.
O Céu escurece rapido demais. A chuva é mais estranha ainda. O cheiro de magia negra está no ar e Sanjaya está por perto. É possivel sentir o gosto do sangue levado pelo vento e ele diz a Sebastjan que sua mãe está proxima, mas que não pode garantir que está bem.
Cret observou o então príncipe da Croácia há milhas de seus domínios na pista certeira de um Ravnos milenar que o trouxe até Londres, uma atitude ousada, para não dizer perigosa. Mas ele, como Cret, é um Ventrue, e se foi bem ensinado, sabe que só se deve deixar seus domínios se alguém de muita confiança estiver cuidando dele.
Mas ele é jovem e tinha uma comitiva pouco experiente. Sanjaya é uma raosa velha, logo percebeu que estava sendo rastreado e ordenou que o incauto fosse eliminado. Cret teve que intervir, e ele odeia isso.
Sebastijan inicialmente se mostrou arredio e desconfiado, afinal quem era quele cainita que sozinho destruiu um grupo de elite Sanjayan e sem sofrer nem um arranhão? O queria com ele?
As noites no comboio, agora mesclado ao do ancião serviram para que ambos contassem sua história. Cret nada mais é do que uma prole de Mithras muito ausente, alguém que largou as saias do matusalém muito cedo e que por isso não desfruta da benevolência de que sua irmã mais nova e senhora do jovem impressionado sentado ao seu lado desfruta, mas que nem por isso deixa de ser bem-vindo quando decide visitá-lo uma ou duas vezes por século.
Cret diz ao jovem que seu motivo para estar em Londres é o mesmo que o dele. Impedir que a espada de Null seja usada contra alguém que não deveria. Ele explica também que talvez sim, ou não, quando é perguntado pelo já empolgado ancillae se "sabe de tudo". Ele explica que se seu pai, Mithras tivesse continuado no Inconnu há séculos atrás ele também saberia, pois o dever dos Inconnu é observar. Agora ele terá de ouvir sua prole irritantemente bem informada que ele deixou na seita para suprir sua ausência.
O Céu escurece rapido demais. A chuva é mais estranha ainda. O cheiro de magia negra está no ar e Sanjaya está por perto. É possivel sentir o gosto do sangue levado pelo vento e ele diz a Sebastjan que sua mãe está proxima, mas que não pode garantir que está bem.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Olhos Imortais
盲検ント
Yllianna Larov Konietsko. Este era seu nome quando andava pelas terras geladas da Russia séculos atrás, quando a região ainda era chamada de Sarmácia e os romanos estavam apenas começando a abandonar o local fugindo das horas mongois.
Ylianna sempre soube que era um Garou. Sua família era nobre, seu pai era o Tsar da Tribo dos Senhores das Sombras e seu poder era temido por toda a assembléia Garou nos quatro cantos do Mundo. Mas a jovem não concordava com os atos escusos do pai, que governava através do medo, da espionagem, da censura e do assassinato. Ela sempre preferiu a honra dos cavaleiros ocidentais e secretamente tinha um apreço pelo modo de vida civilizado dos romanos.
Durante uma batalha contra forças mongois, Yliana, ainda uma jovem que estava prestes a sofrer a primeira mudança, foi sequestrada por um garou estranho e feroz. Eles a levaram para a Mongolia e depois desceram em direção a china e finalmente até o japão. Ylianna era bem tratada, mas não como uma princesa deveria ser. Constantemente era ameaçada por sua beleza, mas seu capitor misterioso era também seu maior protetor. Suas armaduras exoticas e sua espada curva e mortal aos poucos foram seduzindo a jovem Ylianna. Ela começou a se interessar pelos habitos dos orientais e pelos seres estranhos que ali viviam. Tudo era mais claro, mais limpo e mais puro do que as terras gélidas e sujas de sangue de seu pai. Tudo era mais nobre.
Ylianna sofreu sua primeira mudança quando sofreu uma tentativa de estupro de um dos oficiais mais graduados do General que a sequestrara. Ela avançou sobre o agressor com ferocidade, mas para sua surpresa ele também era algo poderoso, sua forma guerreira, para seu espanto, era porém a de um imponente Tigre Branco. Ela foi humilhada quase até a morte, e o oficial iria consumar seu ato mesmo que isso a matasse. Mas seu heroi secreto retornara a tempo. A batalha foi mortal, e no fim a cabeça de um enorme tigre estava na ponta de uma lança, na entrada do grande acampamento, como aviso de que Ylianna era uma jóia rara e intocável e que aquele era o destino de quem duvidasse daquilo.
Ylianna descobriu que Daisuke Hiro era o nome de seu bandido heroi, e descobriu que o amava perdidamente, Mas sabia que era um amor proibido, pois ambos eram garou. Mas ali, naquelas terras não existiam tantos lobos. Ela já tinha visto tigres, serpentes, ratos e até dragões. Foi então que Daisuke finalmente revelou qual era sua intenção ao ir tão longe buscar a filha do Margrave dos Senhores das Sombras. Ele a levou até o Imperador Fantasma. Este disse poucas palavras em uma lingua que ela estava começando a entender. "Me dê um exército de Lobos e te darei vida eterna"
Ylianna era uma Senhora das sombras. Poder era algo que ela não poderia negar e a imortalidade seria uma arma perfeita, pois não ha nada, nem imperios nem governantes que resistam a lamina do tempo. E ela ficaria imune a isso. Por fim, ela sabia que sendo uma mulher, nunca assumiria o trono de seu Pai entre os Senhores das Sombras, mesmo sabendo que era a mais indicada a isso. Ali ela teria o poder para retornar a suas terras e tomar para si o trono do pai a força. Estava dado o argumento definitivo.
Ela aceitou, e com empolgação doentia o Imperador Fantasma ordenou que fosse trazido a presença deles um jovem oriental. Ylianna sabia se tratar de um parente, não sabia porém de que tribo, mas Daisuke disse que há um século um casal fora trazido da Russia e que sua geração fora criada ali, nas terras do Imperador.
O Imperador ordenou que Ylianna se deitasse com o jovem e que engravidasse dele. Daizuke era puro ódio, mas ele era um servo do Imperador e nada pode fazer. Furiosa pela vergonha, mas tentada pelo poder, Ylianna ofereceu sua virgindade para o jovem ali mesmo, para o deleite do Imperador e seus oficiais.
Nove meses depois, Ylianna Koniestko dava a luz ao Primeiro Hakken.
Daizuke começou a evita-la, não era mais honrada. Seu amor por ela era ao mesmo tempo uma decepção. Ele esperava que ela se negasse a passar por aquela humilhação e ele ofereceria sua espada contra a ira do Imperador se assim fosse. Ylianna agora possuia o poder de um ancião e ganhara dois fetiches como pagamento por sua obediência. Um deles era a grande claive de seu pai, ainda com o sangue dele na lâmina, o que a fez sorrir, o outro era porém, aquilo que a faria se arrepender amargamente pelo resto da eternidade.
Um objeto maldito e corrompido, que roubava almas e alimentava a imortalidade da garou.
Ela agora precisava roubar a vida de outros para manter a propria, como os vampiros que ela jurou matar.
Essa foi a gota dágua para Daizuke, ele enfrentou o Imperador e em um ato de afronta retirou do oriente toda sua tribo, que chamava de Portadores da Luz Interior, o imperador nada podia fazer contra uma tribo inteira e se viu enfraquecido. Ylianna entrgue a mágoa e ao arrependimento, jurou não descansar enqaunto não matasse Daisuke por tudo que fizera a ela, a roubara de suas terras para depois, na hora mais amarga a bandonar como a um cão sarnento.
Desde então, Ylianna não mais se lembra deste nome, mas sim de Fushi No me, ou Olhos Imortais, seu nome Garou temido pelas cinco direções do reino médio. Líder dos 3 Trovões do Yin e a primeira a se chamar Hakken.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Servo Cego
不死の目
Mekura Kento era um vagabundo e mercenário. Sua honra era nula e seus métodos os mais sujos possíveis. Ele vagou pelo reino médio aprendendo as técnicas mais mortais e os estilos de luta mas exóticos, se recusando a obedecer a lei e matando sem piedade aqueles que tentavam obrigar. Ele fundou uma guilda de ladrões e assassinos e rivalizou com o próprio Hatori Hanzo pelo comando dos exércitos Ninja mais mortíferos. Mas nem mesmo ele foi páreo para a crueldade do Imperador Fantasma.
O Imperador ordenou que seus ninjas se infiltrassem na guilda de Kento e descobrissem seus pontos fracos. Logo os agentes das sombras retornaram com a informação de que Kento tinha um fraco por mulheres e um senso de família que fazia dele portador de uma estranha forma de honra para com seus ancestrais.
Logo o Imperador Fantasma mandou que se buscasse pela ninja mais bela de todo o Reino Médio e ordenou que ela seduzisse e matasse Kento.
Assim ela o fez. Mas o amor acabou fazendo das suas e os dois, Kento e sua Ninja se apaixonaram perdidamente e governaram a guilda de forma ainda mais poderosa. Tiveram filhos e prosperaram.
O Imperador Fantasma ficou furioso e lançou sobre a guilda toda a sua Ira. Ele enviou imortais e Hengeokais para capturar Kento e sua Ninja e traze-los a sua presença. Ali, o Imperador ameaçou matar a ninja caso Kento não jurasse lealdade a ele, o que o Mercenário, cego de amor aceitou. O imperador então disse que Kento deveria ser o protetor da lei, pois ele sabia como quebra-la, e isso faria dele o guardião perfeito. Em troca ele daria a Kento o direito de matar sua amada de forma rápida e indolor e poupá-la da eternidade de tortura e agonia nas mãos dos tigres demônio. Assim ele fez, com ódio nos olhos e dor na alma.
Mas ele tinha ainda mais uma cartada contra o imperador. Assim que tirou a vida de sua amada, com a mesma lâmina ele tirou a propria. O imperador riu e disse que agora sim, ele tinha garantias de que Kento obedeceria suas ordens. Kento retornou dos mortos como um Grou Resplandescente, preso a servidão e devoto por fazer cumprir a lei do Imperador Fantasma, se juntando aos Trovões do Yin como um juiz e executor. Dizem as lendas que sua amada ninja o segue como uma alma penada, o amaldiçoando por não traze-la com ele para o segundo alento, mas a verdade é que nunca se saberá, pois desde aquele dia, Mekura Kento nunca mais proferiu uma só palavra.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Harmonia Sanguinária
ブラッドに和
Quando a Rainha Escarlate e o Dragão de Ébano apoiaram juntos um homem, há muitos séculos atrás, ele se tornou o maior imperador que o Reino de Jade já vira. Como presente, os dois espíritos deram a ele o comando sobre três guerreiros predestinados.
Mas a ganância do Imperador corrompeu os guerreiros e os mesmos foram mortos de forma sanguinária e desonrosa. Seus espíritos clamaram por vingança e retornaram do Yomi como mortos que andam, reconstruindo suas carnes das cinzas e bebendo o sangue dos que cruzavam seu caminho.
Buraddo Ni Wa era o mais feroz deles porém o mais cruel.
Um mestre espadachim especializado em fazer as lâminas mais afiadas de todo o reino, ele vivia insatisfeito pois suas armas mais magníficas eram dadas, a seu ver, a guerreiros que não sabiam o significado delas e nem quanta dor poderiam causar com suas preciosidades.
Uma noite, por puro orgulho, Buraddo desafiou os maiores guerreiros por uma espada mágica. Ele disse que o primeiro a vence-lo ficaria com a arma desde que pudesse resistir a apenas um único golpe dela.
Guerreiros mortais e imortais vieram de todo o reino e de fora dele. Todos eram sumáriamente partidos ao meio, decapitados ou esquartejados pois era impossivel resistir ao fio da espada de Buraddo. Até que um dia, o imperador temendo a lâmina do poderoso guerreiro, enviou um samurai portando seu estandarte e exigindo participar do desafio. na presença do proprio Imperador.
Buraddo desconfiou da história, mas mesmo assim submeteu o samurai ao teste.
A espada atravessou as roupas do samurai como papel, mas parou na armadura de jade escondida sob seu kimono. Aproveitando-se da confusão de Buraddo, o samurai tomou a espada das mãos do ferreiro e o fez vítima de sua propria lâmina.
Buraddo retornou com a ira de um guerreiro morto por traição, mas preso ao imperador e seus descendentes obrigado a defendê-lo e honra-lo como um dos Três Trovões Yin.
Hoje o Tigre Demônio caça a alma de jovens guerreiros traidores ou desertores e os faz experimentar a dor de sua lâmina, mais afiada do que nunca.
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