domingo, 4 de março de 2012

O Ultimo Levante do Basilisco


Então agora, Deus na Terra, você se senta com a mão na fronte buscando a razão para tudo o que assola sua divindade. Eu sou esta razão. Eu tenho esta razão.
Talvez você não se lembre de um jovem setita viajante que passou pelas terras de Roma quando tu, do alto de vossa divindade visitava um velho irmão de Clan em mais uma praxe diplomática sem fim que o Clan que sangra azul  possui.
Talvez naquele dia o senhor não tenha reparado no olhar de ódio de vosso irmão, pois ele deveria manter o semblante altivo e seguro para lidar contigo, oh Deus na terra! Grande Touro que expulsará Angra dos domínios de Ahura Mazda...
Ele não podia dizer que sua criança querida havia acabado de fugir com uma serpente. Uma serpente a qual ele humilhou e subestimou. Mas que só queria amar com o restante de seu já não quente coração.
Este nobre irmão vosso, não acreditou que o amor entre cainitas era possível, mas sua criança não só sabia como fez valer o destino e ambos, a jovem e a serpente partiram para o deserto. Mas ele disse, e tu riste em deboche e deleite, pronto para vingar seu irmão ofendido como Agamenon fez por Meneleus  na época de Troia.
Ah Sim! refresquei vossa divina memória?
Os milênios são traiçoeiros como uma serpente não? Como se lembrar de cada verme que se esmaga a cabeça em seus séculos gloriosos? Como se lembrar de que naquela noite, suas tropas entediadas tiveram um divertimento e tanto caçando o setita e a prole desgarrada de um monarca furioso enquanto tu e ele discutiam a cor da tapeçaria que iriam usar para enfeitar o templo de Vedharta...
Naquele dia eu renasci para a noite uma vez mais e pela Glória do poderoso Deus Negro do Egito, Suteck, Deus da Guerra eu jurei vingança.
Tuas tropas levaram de volta o pó de minha amada, o único e ultimo ser que amei verdadeiramente de volta para seu senhor rancoroso e tu aplaudiste seus covardes guerreiros.
Desde aquela noite eu rastejei como a mais insignificante das víboras. Primeiro entre meus irmãos setitas, tomando para mim o poder dos incompetentes e os glorificando a Suteck, depois entre os templos cappadocios em busca de conhecimento. Conversei com magos das trevas e negociei com demônios desesperados. Viajei ao oriente e seduzi senhoras de côrtes, tudo, cada segundo, única e exclusivamente para ter meu dia de vingança contra ti, Deus na terra.
Podes se perguntar, já que teu irmão foi quem me quis destruido, por que meu ódio não está direcionado a ele...por que na balança dos crimes, Lord de Avalon, a culpa era minha, a vítima ele e a inocente sua filha. No entanto, tua arrogância se mostrou maior que tua divindade e foste tão estúpido a ponto de só conseguir punir a inocente.
Tu me considerou a serpente a ter a cabeça esmagada, mas fizeste isso descalço. Melhor olhar o veneno escorrendo em vosso calcanhar, pois já deves estar sentindo os efeitos.
Doce não?
Saiba Deus na Terra, que meu momento se aproxima e sei que contra vós não sou nada. Farei minha viagem ao Duat provavelmente pela lâmina de um de vossos guerreiros. Mas deixarei uma cicatriz capaz de fazê-lo se lembrar por toda a eternidade de que inimigos, por mais insignificantes que sejam, merecem respeito. 
Será que sua amada Perih, em sua beleza se lembra de ti? Será que tu lembras de ti? O Deus destruiu meu amor e eu devolverei a ele o seu. Qual de nós causou mais destruição enfim?
Ah! continuo mesmo refrescando vossa Divina memória?

2 comentários:

  1. Realmente esta chegando a hora dos últimos desenrolares da trama do setita com a demônio, porém o que mais foi arquitetado onde as consequências estão longe de serem vistas? Vai ser divertido quando acontecer. =D

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  2. Em algum lugar em Roma, Pietro quase morre de tanto rir, afinal quem tah pagando o pato é o mithras.HAUHUAHAUHAUHAUHAUHA

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