segunda-feira, 2 de abril de 2012

Tandem Pacem


Tandem Pacem, enfim a paz! diziam os padres nas missas dominicais na Catedral.
Durante longos anos, as ruas de Canterbury possuiam um lugrube cheiro de sangue e metal, tantas guerras, tantas mortes.
O Santificado São Thomas Becket devia estar chorando junto a Deus, ao ver sua amada cidade, berço de sua luta ser mais uma vez massacrada, seu povo oprimido e seu sacrifício em vão.
Mas Deus sempre envia almas boas para auxiliar nas horas mais sombrias, e como dizem, o auge da escuridão é antes do amanhecer.
Não sei quem, desta vez Deus enviou a nosso auxílio. Alguns dizem que foram os cavaleiros da Cruz de Acre, que baniram os demônios da cidade e encontraram seus ninhos e atearam fogo. outros dizem que foi o saudoso Duque que descobrira o covil das aberrações em Dover e logo declarou guerra aos seres da noite, os massacrando e doando sua vida no processo.
Eu sei que, seja qual for o meio, Deus com sua luz varreu a escuridão de nossas ruas, a doença de nossas casas e a fome de nossos campos. Não há mais o cheiro podre dos enforcados na entrada da cidade, os cavaleiros não mais vagam pela madrugada vigiando os becos em busca de demônios e os mortos da guerra não mais jazem abandonados pelas ruas, sem uma sepultura digna.
É nesta sepultura que deposito estas flores, pois sei que mesmo que não se saiba ao certo o caminho de Deus, um de seus herois era conhecido, pelo menos por mim. Esse heroi liderou um grupo de valorosos cavaleiros em busca de redenção e alguns dizem que o Espírito Santo banhou sua espada com uma luz dourada e que o próprio Thomas Becket cavalgou a seu lado na hora derradeira.
Que Deus o tenha meu irmão, e que Canterbury se lembre de Yurden Murneau, seu mais valoroso protetor.

Um comentário:

  1. Tadinhu do Yurden, reticências de silêncio para ele ... auhauhuahuahauhaua

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