domingo, 26 de fevereiro de 2012

Vendetta


Ano de 1230, Esparta.


A Lord Mithras, Filho de Vedharta e Lord do Baronato de Avalon.


Como membro do Conselho dos Ephoros e filha de Lisandro, venho a ti rogar que me ajude a instaurar o fogo da Vingança sobre os responsáveis pela destruição de meu pai, vosso irmão.
Nas ultimas conversas que tive com ele, ele me confidenciou sobre a brincadeira perigosa, e no fim, fatal que estava realizando em vossos domínios e eu e meus irmãos o alertamos sobre os perigos da mesma. Infelizmente ele era orgulhoso demais para ouvir sua prole mais velha, principalmente sendo um Espartano e eu sendo uma Princesa Ateniense.
Perdoe-me pela divagação, é que a presença de meu senhor ainda ecoa perto de mim e aceitar que ele foi destruido por um motivo tão futil me deixa desnorteada. Não que eu ache que ajudar a ti seja uma atitude futil Milord, mas considero futil a maneira pela qual ele escolheu para fazer isso.
Voltando ao assunto, escrevo-lhe para dizer que minhas tropas em Esparta estão a sua disposição, prontas para navergarem até a Bretanha e esmagar os Lasombra e os Setitas que nos causaram tanta vergonha e que sujaram vossa linhagem e destruiram a minha. Quero o pó de todos os vampiros de Dover aos meus pés, sem exceção, do príncipe ao mais sujo nosferatu. Tenha em mim uma aliada e use meus recursos como desejar. Aguardo vossa resposta para viajar até Londres e me juntar pessoalmente a vossas tropas em campo. Meu pai o elogiava como um grande general, e confio no julgamento dele mais que tudo.
Aproveito também para avisa-lo que Lady Tinia, Regente do Conselho dos Ephoros usou dos poderes dados a ela por nós para temporariamente dissolver o conselho e ordenou que cada Ephoro aja por conta própria e defenda os proprios interesses. Ela diz que está na hora do Clan Ventrue unir forças de forma diferente, agindo cada um em sua área de influência e de forma direta, assim no final, de um jeito ou de outro o Clan Ventrue como um todo, sairá vitorioso, já que seus membros sairão vitoriosos. Como membro dos Ephoros, assim como tu, condeno tal atitude mas confesso que será algo interessante ver os membros enferrujados acostumados a levar tudo aos Ephoros se virarem um pouco para salvar seus proprios domínios.


Sem mais delongas, aguardo vossa resposta ansiosamente. 


Lady Diolinda Figarus, Filha de Lisandro, Filho de Vedharta e Príncipe de Esparta.

Ressentimentos


Ano de 1230, Roma.


Minha querida Criança, Lady Collat, Príncipe de Gênova 


Assim como eu, és também um dos membros do Conselho dos Ephoros e assististe, ha algumas noites a um momento negro de nossa história. Um vexame sem precedentes que mancha nossa reputação como líderes e Herdeiros do trono de Vedharta e da confiança que Cain depositou nele.
Fomos enganados de forma repugnante por um bando de serpentes imundas, infiltradas em nosso seio ha mais de cinco séculos, disfarçada como uma das mais Dignas e respeitadas figuras de nosso clan, Hardestadt, senhor e Lord do Feudo da Cruz Negra, prole de Mithras, meu irmão.
No entanto, não satisfeito por não ter enxergado debaixo de seu próprio nariz que uma de suas proles, aliás, a mais poderosa delas, havia sido substituida por um setita, ele ainda vem a mim, com insultos dignos de um Brujah, colocar sobre nós, Ephoros e antigos, a culpa por sua vista grossa e boçalidade. Diante das asneiras proferidas por ele a mim, decidi como ele mesmo disse, permitir que ele faça tudo o que deseja, sozinho. Quero que retire todo o apoio resguardado pelos Ephoros, de minhas posses, destinados a ajudar o Baronato de Avalon. Nenhum navio, nenhum soldado sequer deverá partir em direção a Bretanha, sob pena de destruição sumária, nem de meus portos, nem dos portos de nenhuma de minhas proles.
Mithras se julga o mais antigo dos filhos de Vedharta, e a alcunha de Deus na Terra finalmente subiu a cabeça e o deixou cego. Quero ver se ele será capaz de, apenas com suas forças, conter um problema que ele ajudou a crescer e se multiplicar. Esperarei ansiosa pela noite na qual ele retornará a Roma, pedindo a ajuda dos Ephoros, com um tom bem mais amigavel e cordial, que eu, sua irmã mais fiel, de fato mereço receber.
Se Mithras acredita que pode organizar o Clan Ventrue agindo sozinho, pois bem que o faça. Eu farei o mesmo e acredito que cada membro dos Ephoros agora decidirá como agir. Os Ephoros por enquanto não se reunirão e quando a hora chegar, eu mesma convocarei a todos os mais antigos e sábios, para mais uma vez decidir os membros com Diguinitas suficiente para sentar-se em suas cadeiras.
Espero que entenda minha atitude e confie em minha decisão.


Com amor, sua Senhora.


Tinia, Filha de Vedharta e Regente eleita do Conselho dos Ephoros do Clan Ventrue.

Afogado em Serpentes


Me lembro de quase nada. A lembrança mais forte que tenho é trazida por um perfume...doce e forte.
Ela tinha cabelos ruivos, sedosos e brilhantes capazes de refletir meu rosto neles como um espelho e o corpo escultural que deixaria Afrodite com ciúmes. Ela veio até mim quando eu estava em Constantinopla, para uma reunião com Michael e Caius. Carlos Magno estava avançando e nossos planos dependiam de sua vitória...
Ela estava lá, observando tudo, sorrindo para mim de uma forma irresistível. Eu não me lembrava dos prazeres da carne ha séculos, e não mais me importava com eles, pois me via absorvido com os afazeres do Clan de de meu precioso Feudo da Cruz Negra...presente de meu pai, o Deus na Terra.
Me simpatizei com a história do Deus cruxificado e decidi que seu sucesso seria o meu...Mas aquela mulher...
Ela seria capaz de acender uma chama nas profundezas de um vulcão congelado? Sim, seria.
Ela estava em minha cama...Linda. Seus olhos brilhantes e sua vitae doce me viciaram...isso mesmo...começo...começo a recordar.
Seu toque era capaz de me levar ao extase em dois segundos e eu não podia mais viver sem ela...onde ela está agora? eu a quero! NÃO! Céus! por Mithras! O QUE FOI QUE EU ME TORNEI???
O BEIJO, OS TOQUES, A MORDIA, O ÊXTASE, A DOR, A ESTACA! EU ME LEMBRO!!!!
Maldita serpente...maldita e deliciosa serpente, cujo veneno doce me fez de CACHORRO! Por 500 anos eu vivi em um sonho de luxúria em um harem de madeira...como um bêbado eterno, sem noção da realidade. Hoje eu desperto deste sonho e entro em um pesadelo onde eu devo pagar por tudo que fizeram em meu nome, invadindo meu corpo...
Quisera eu que meu pai tivesse me destruido, quisera eu que a jovem arrogante tivesse sugado minha alma como pagamento pelas supostas ofensas que cometi contra ela...
Mas somos Ventrue, a maldição da civilização nos impede de tais atos piedosos.
Um lobo aleijado é morto pela matilha por piedade...
Eu não terei esta sorte...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mestres Secretos


Ano de 1230, Roma


A Lady Leona Di Notreville, Lady da Croácia e Baronesa de Canterbury, Filha de Mithras, Filho de Vedartha


Venho por meio desta informar que dentro de uma semana, ocorrerá em local secreto, um Conclave dos Ephoros, Mestres e Líderes do Glorioso Clan Ventrue, cujo o objetivo é definir a posição de nosso clan em relação ao evento que vem sendo chamado de Cruzada Rubra.. Deve ser do conhecimento da senhora que existem inúmeras acusações e relatos contra vossa majestade, vindos de Lord Hardestadt e tais acusações serão discutidas e avaliadas. O objetivo desta também é dar-lhe o direito sagrado e a chance de defender vossa honra e vossos objetivos. Vosso pai, mesmo sendo um membro dos Ephoros ha séculos, Deverá estar presente para defende-la com ou sem vossa presença, até por que ele também deve algumas explicações.
Devo dizer que, caso as acusações contra Vossa Majestade sejam consideradas falsas, Lord Hardestadt responderá por calúnia e receberá a devida punição.
Caso a senhora deseje comparecer ao Conclave, basta enviar uma resposta a esta carta e lhe será informado o local onde o mesmo acontecerá.


Cordialmente


Diolinda Figarus, Filha de Lisandro, Filho de Vedharta e Membro do conselho dos Ephoros do Glorioso Clan Ventrue

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Luto.

Estou despedaçada, totalmente desnorteada, sozinha e calada...
Desde que Miros e eu... eu sabia que se Nikola descobrisse eu estaria perdida, então eu escondi, esquivei... Maldito demônio... Maldito Nikola... Maldito Miros...
Nikola não quis nem saber a minha versão, quinhentos anos que cultivamos juntos, construímos tudo juntos, fizemos tudo juntos, sei que minha traição não tem perdão porém, a falta de confiança em mim me machucou...
Mas o que me mata é saber que agora ele está lá, desacordado, por um erro meu o culpado e punido foi ele. Orgulhoso maldito desguarneceu nosso tesouro, nossa cidade, nossa família e nem sei se foi somente isso, sabe-se lá mais quantas coisas ele fez e Mihaela não quis me contar. Estou de luto desde que ela me deu a notícia que tinha o colocado em torpor e o pior de tudo, fingir que nada está acontecendo...
“Nossa, mãe, você resolveu usar negro, aconteceu algo?”... “Não, minha querida, mamãe só não acordou de bom humor...”
A quem estou tentando enganar, houve alguma coisa e estou morta por dentro e não posso chorar, se eu me desesperar as coisas desandam. Nesse momento de caos eu sou a esperança da maioria, se nos meus lábios eles não puderem ver um sorriso ou ouvir uma palavra de conforto, estarei desacreditada, meus planos não prosseguem sem minha palavra de comando, ainda que trêmula. Não existe tempo para lágrimas e nem para tristeza, meus pedaços ficaram espatifados no chão daquela sala, mas não tenho tempo para catá-los então, deixe que o vento os leve, Leona Di Notreville não pode fraquejar e ela não vai, eu vivi quinhentos anos e não será uma desilusão amorosa que me derrubará, exércitos inteiros não conseguiram, não será um único homem. Pensei que talvez ele pudesse me perdoar e eu a ele, mas agora, acho melhor esquecê-lo, ele foi mesquinho e arrogante, orgulhoso e mimado e eu também não tempo para isso. As defesas de Zagreb podem ser reerguidas e os Kreshmir vão continuar no poder enquanto eles pertencerem a mim, quando eles deixarem de ser, será a hora de trocar o governo. Canterbury está por um fio e a noite é da inquisição, vamos à luta hoje, ou vencemos nós ou a cidade é deles, mas somente sobre o meu pó eles poderão dizer isso.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Diário de Guerra (Parte III)


Ano de 1230, Dover


A Lord Mithras, Filho de Vedharta.


Meu velho e querido Irmão.


Ha muito não nos comunicamos e tu sabes que andei afundado em buscas pessoais, como todos nós, antigos  mais cedo ou mais tarde fazemos, as vezes por puro tédio, as vezes por necessidade, ou as vezes por alguma coisa que não sabemos explicar.
Caso lhe interesse, passei as ultimas sete décadas brincando de mariontes na cidade que você tanto odeia, chamada canterbury. Tomei o controle de um nobre que você deve saber, aparentemente é Imune a qualquer comando sobrenatural. Claro que é, afinal, este nobre, parente de lupinos e filho do próprio Rei Isaiah Morningkill, Senhor do Trono de carvalho e Lord de Toda a Assembléia Garou, sou eu.
Não coce a testa ainda. Usei um dos truques mais antigos que o sangue de nosso pai nos ensinou, aquele com o qual domino um infeliz por completo e ando em seu corpo, como se fosse o meu.
Sim sim, sei dos riscos que corro, mas tenho comigo lacaios lupinos bem treinados defendendo meu corpo durante o dia, tempo no qual brinco de mortal importante.
Enfim, o que quero lhe dizer é que agora chegou o momento de pagar a você aquela dívida antiga de cartago. Sim, aquela na qual você ocultou todos os meus crimes e me livrou de uma perseguição Brujah implacável. Se eles soubessem que quem conseguiu aquele sal alquímico foi uma de suas amantes entre os feiticeiros....
Bem, sem mais delongas. Lancei meus exércitos (ou os do Duque, como queira) contra as forças de Dover. Seu lacaio Malkavian está protegido em um caern Fianna na Irlanda. Sim, protegido entre garous, afinal ele tem aquela estranha aura de bondade que deixa os cães apaixonados dizendo que ele é um "totem de luz de gaia aprisionado em um casulo da Wyrm" Vá entender os selvagens...
Fiz isso para confundir a filha de Montano. Ela estava bem avançada nos planos para tomar Dover de você meu irmão, e nem venha culpar sua prole por isso. Aliás, você não se envergonha de deixar tantos problemas nas mãos de uma jovem tão promissora porém ainda em evolução? Não sente piedade por ela? Não vê o que os Lasombra andam fazendo por abusos muito menores que esse? Não entre em frnesi, você sabe que não tenho medo de você e se por um acaso preferir cobrar a ofensa em um duelo, eu acharia divertido. prometo que não usarei da  arte da odissea.
Não, não vencemos as forças do novo príncipe de Dover. Sacrifiquei alguns bons soldados, mas agora sei que ha demônios e Baalis entre os Lasombra e era disso que eu precisava para criar uma chuva de garras e presas lupinas contra os "Arautos da Wyrm" sem precisar de nehuma aliança. Não é prático? Os Lasombra de Dover avançarão acreditando que sua filha está fraca e desprotegida, mas não sabem da minha existência e nem que as verdadeiras forças do Duque estão do lado dela. Este é meu pagamento e considero nossa dívida paga.
Para terminar, enviarei ao Conselho de Ephoros uma recomendação. Jovens como sua filha devem ser protegidos e receber as recompensas pelo que conquistam e em cinco séculos ela fez muito mais do que muitos milenares que se sentam naqueles tronos. Você deveria se orgulhar.
No mais, repouso em Dover e assisto a guerra de minhas sacadas, venha me fazer uma visita quando quiser.


Atenciosamente, Seu Irmão.


Lisandro, Filho de Vedharta.

Diário de Guerra (Parte II)


Ano de 1230, Dover


A Lady Letizia Bambrani, Filha de Lord Montano, Príncipe de Canterbury.


Venho por meio desta reportar a Vossa Majestade nossa primeira vitória. Há algumas semanas, nosso plano para tomar o comando das forças do intitulado "Baronato de Dover" foi bem sucedido e finalmente eu, seu fiel lacaio, me sento no trono da cidade.
O antigo monarca, um malkavian poderoso, porém inconstante, se afundou em problemas particulares e vexames ligados a vossa inimiga, a Ventrue conhecida como Lady Leona, e isso fez com que ele ignorasse nossos avanços. Inflitramos em suas forças alguns espiões do clan setita e assim fizemos seu governo ruir de dentro para fora, usando seus domínios para trazer as máquinas de guerra que estamos usando para vossa defesa e contamos com o apoio de um lacaio entre a nobreza mortal da cidade. Até então, tal nobreza tinha rusgas com o Duque de canterbury devido a questões religiosas e políticas de território, no entanto, o antigo príncipe oprimia a vontade dos nobres visto que tinha um acordo com os cainitas da cidade, sobretudo os Ventrue. Agora parece que ambos os lados, por algum motivo resolveram cortar suas relações e sendo eu o monarca vampiro da cidade,resolvi apoiar os nobres e os lacaios em seu comando, foi isso que fiz e como resultado esmagamos a primeira frente de comando do Duque como moscas. Alguns de nossos aliados são feiticeiros poderosos e possuem sobre seu comando algumas bestas vindas do inferno. Particularmente não me agrada muito este fato, mas se o objetivo for alcançado, estaremos satisfeitos.
O Antigo príncipe, até onde sei, se refugiou na França, e eu enviei alguns assamitas de minha confiança para destrui-lo e eliminar de vez a ameaça. Aguardo apenas vossas ordens minha senhora, Dover agora está preparada para esmagar a filha arrogante de Mithras junto com vossas forças. Nem mesmo o Duque e seus lupinos serão capazes de resistir a nossas forças conjuntas e finalmente, teremos um dominio Lasombra unificado capaz de resistir a horda de traidores, em nome de Lord Montano.


Aguardo pacientemente vossas ordens.


Yanick Gwenneg, Príncipe de Dover